Vila Real, uma casa provisória

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009 Leave a Comment



Anualmente, muitos jovens saem do meio familiar e viajam quilómetros para estudarem na Universidade. Este é o cenário de muitos alunos madeirenses, que para conseguirem alcançar o futuro profissional que sempre sonharam têm de superar vários desafios, que neste caso começa por viver em Vila Real.

Depois de concluídos os exames nacionais e a afixação das notas, chega a tão aguardada etapa da vida de um jovem, a candidatura ao ensino superior. Viver na Madeira limita as opções na escolha de cursos, por isso muitos têm de sair da acolhedora Ilha e aventurarem-se sozinhos numa Cidade.

Joana Aguiar, Maria Beatriz Paulino e Ana Carolina Sá, são três estudantes madeirenses que fizeram as malas rumo à vida Académica, em Vila Real. A viagem depois de algum tempo se torna rotineira.

A Joana, de 20 anos, está a frequentar o terceiro ano de Economia e relembra que as primeiras sensações de quando chegou à cidade de Trás-os-Montes “não foram nada boas. Fiquei muito triste e sentia-me completamente sozinha", afirmando a adaptação "foi muito complicada".

Desde Setembro de 2008, que Beatriz Paulino, está a viver em Vila Real. A aluna do segundo ano de Genética relembra que está opção foi a quinta e que quando aqui chegou disse: “Ah mãe, o que é isto?!". Superada da surpresa inicial, Beatriz estranhou “a falta do movimento de Vila Real".

Ana Carolina Sá, entrou na UTAD na quarta opção, em Ciências da Comunicação. Actualmente, a frequentar o segundo ano do curso, a aluna fala também das suas primeiras impressões relativas à chegada à Universidade, dizendo que a primeira sensação de quando cá chegou foi “primeiro de saudade, de desconforto, mas no minuto depois, de acolhimento, carinho e preocupação por parte das outras pessoas.”

Viver sozinho, significa ser independente e tomar conta de si próprio. Uma das principais preocupações, pela qual todos os estudantes passam é a questão monetária. Neste caso, estar deslocado tem custos acrescidos e estas três madeirenses afirmam que as promoções e as ajudas que são feitas às viagens são limitadas.

Ser madeirense pode também significar ser alvo de situações caricatas. O facto de terem um sotaque diferente e de virem de outra cultura, torna-os de certa forma especiais, como explicam as estudantes.

Agora, a poucos dias do regresso a casa, as três estudantes representam aqui as situações e os pensamentos pelo qual milhares de jovens madeirenses estão a passar actualmente pelas diversas zonas do país e até no resto do mundo.

Dificuldades, saudades, ansiedades e nervosismo à parte, os anos vão passando e esta experiência servirá no futuro como exemplo de vitória levando consigo amigos e lembranças que jamais irão esquecer.

Micaela Vieira e Paula Cristina Teixeira

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